sábado, 12 de junho de 2010

Era Dunga chega a momento decisivo e treinador quer apagar fracasso de 2006



Diferente de 2006, o Brasil chega a Copa do Mundo da África do Sul com uma nova linha de trabalho. E grande parte disso se deve a Dunga, técnico que assumiu após o fracasso na Alemanha com a missão de levar o Brasil de volta ao posto de Campeão do Mundo. Nesta retrospectiva, o Esporte Interativo apresenta todos os detalhes da ‘Era Dunga’ e pergunta: A Seleção Brasileira atual é capaz de conquistará o Hexa?

Filosofia de Dunga

Desde agosto de 2006, quando Dunga assumiu em um empate em 1 a 1 com a Noruega, em Oslo, o Brasil disputou 53 jogos. Foram 37 vitórias, 11 empates e cinco derrotas, com 109 gols marcados e apenas 37 sofridos – saldo positivo de 72 gols.

Os números expressivos do treinador podem ter explicação na nova filosofia de trabalho que tomou conta da Seleção Brasileira desde a sua chegada. De fato, Dunga chegou ao comando da Amarelinha para pôr fim ao que gerou o vexame brasileiro na Copa da Alemanha: a falta de comprometimento dos atletas.


Diferente de 2006, o Brasil chega a Copa do Mundo da África do Sul com uma nova linha de trabalho. E grande parte disso se deve a Dunga, técnico que assumiu após o fracasso na Alemanha com a missão de levar o Brasil de volta ao posto de Campeão do Mundo. Nesta retrospectiva, o Esporte Interativo apresenta todos os detalhes da ‘Era Dunga’ e pergunta: A Seleção Brasileira atual é capaz de conquistará o Hexa?

Filosofia de Dunga

Desde agosto de 2006, quando Dunga assumiu em um empate em 1 a 1 com a Noruega, em Oslo, o Brasil disputou 53 jogos. Foram 37 vitórias, 11 empates e cinco derrotas, com 109 gols marcados e apenas 37 sofridos – saldo positivo de 72 gols.

Os números expressivos do treinador podem ter explicação na nova filosofia de trabalho que tomou conta da Seleção Brasileira desde a sua chegada. De fato, Dunga chegou ao comando da Amarelinha para pôr fim ao que gerou o vexame brasileiro na Copa da Alemanha: a falta de comprometimento dos atletas.

Com o respaldo de Ricardo Teixeira, Dunga deixou de fora de suas primeiras listas jogadores marcados pelo fracasso em 2006, como Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Robinho. A idéia era a de mostrar que, na Seleção Brasileira, não há jogador insubstituível.

“Na primeira conversa com o presidente, ficou claro que eu teria total apoio para realizar o meu trabalho, como aconteceu nos momentos mais difíceis, em que as pessoas falavam as coisas mais absurdas, especulavam a minha saída, e o presidente me dava apoio e suporte.”


Dunga e os medalhões

Kaká veio a demonstrar esse ‘comprometimento’ cerca de um ano depois do primeiro jogo de Dunga com o Brasil, aceitando as ordens do novo treinador e se tornando, por méritos próprios nos jogos pelas Eliminatórias para a Copa da África do Sul, peça-chave no esquema da Seleção Brasileira.

Ronaldinho Gaúcho teve sua chance ao ser chamado para liderar os jovens da Seleção Olímpica nos Jogos de Pequim, mas não conseguiu sucesso na empreitada. Visivelmente fora de forma, não fez muito para evitar que a Seleção caísse nas semifinais, diante da Argentina ( 3 a 0 ) e voltasse para o país com uma insossa medalha de bronze após vencer a Bélgica no último jogo. Para Dunga, o período ficou marcado como o mais turbulento desde o amistoso contra a Noruega: sua aprovação entre os torcedores quase desapareceu, e foram muitas as vozes na imprensa que pediram a sua demissão.

Robinho, por sua vez, foi quem melhor entendeu as lições para agradar ao novo comandante. Chamado para disputar a Copa América de 2007, o atacante, ao contrário de Kaká e Gaúcho – que pediram dispensa da Seleção alegando cansaço após o final da temporada – fez questão de disputar a competição, dando moral para Dunga e seus comandados e acabando por liderar a equipe a uma conquista marcante pela superação demonstrada durante o torneio, em que, após um início ruim, sagrou-se campeão vencendo a franca favorita Argentina, por 3 a 0, na final. A atitude do atacante garantiu seu lugar no time principal mesmo estando em péssima fase nos seus dois últimos anos de Manchester City.


”Os jogadores não só entenderam perfeitamente como se engajaram a ponto de eles mesmos não aceitarem alguém que não esteja comprometido com o grupo.”


Como o Brasil de Dunga chega para a Copa

O Brasil de Dunga, que se marca pela dedicação dos jogadores à camisa da Seleção Brasileira, curiosamente, chega à Copa do Mundo da África do Sul com números muito parecidos com o Brasil de Parreira.

Se os brasileiros, dessa vez, não vão ao Mundial como favoritos absolutos ao título – a fase da Seleção da Espanha faz com que o favoritismo seja dividido entre as duas Seleções -, no intervalo entre 2006 e 2010, assim como no intervalo entre 2002 e 2006, o Brasil pode se gabar de ter conquistado a Copa América e a Copa das Confederações.

E hoje, teoricamente, o Brasil vem até com mais força: conquistou a maior competição entre Seleções do continente por duas vezes (2007 e 2009, contra 2004, na era Parreira), além de terminado as Eliminatórias na primeira colocação (para a Copa da Alemanha, o Brasil havia fechado a campanha na segunda colocação, atrás do Paraguai ).

Apesar das críticas sobre a qualidade do futebol brasileiro enquanto espetáculo na era Dunga, o fato é que, como raras vezes se viu na história da Seleção, o Brasil, com ele, consegue aliar o talento de jogadores como Kaká e Robinho a uma incrível segurança do sistema defensivo. É um time forte principalmente nos contra-ataques e nas bolas paradas, logo, não se pode acusar o treinador de não saber conciliar o talento individual dos brasileiros às necessidades do futebol moderno.

Até o momento, os resultados foram muito satisfatórios.

Ficha Técnica:

Carlos Caetano Bledorn Vierri ( Dunga )

Treinador da Seleção Brasileira

Data de Nascimento: 31 de Outubro de 1963

Local de Nascimento: Ijuí ( Rio Grande do Sul, Brasil )

Títulos como treinador:

Copa América de 2007

Copa das Confederações de 2009



TvEi

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