sábado, 18 de setembro de 2010

Bebida na Adolescência



É cada vez maior o número de adolescentes que ingerem bebidas alcoólicas. Estima-se que cerca de 50% dos adolescentes as consumam com regularidade.

Os adolescentes iniciam-se na bebida alcoólica por variados motivos: curiosidade, sentimento de auto-afirmação, desejo de desinibir-se, baixa auto-estima, vontade de ser aceito em um determinado grupo, etc.

Impedir a iniciação dos adolescentes no consumo do álcool é tarefa extremamente difícil, pois muitas vezes são os próprios pais que permitem que os filhos tomem os primeiros goles em casa.

De outro lado, os jovens muitas vezes imitam o comportamento dos pais: se eles percebem que os genitores lidam com as frustrações e ansiedades fumando cigarros ou ingerindo álcool, estarão ‘recebendo’ a mensagem que devem usar essas substâncias em caso de ansiedade ou frustração.

Outro grave problema é o grande espaço que a propaganda de bebidas alcoólicas tem no horário nobre da televisão. Inegável que a mídia é formadora de opinião, promovendo verdadeiro culto às bebidas alcoólicas.

O governo federal, por meio da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já se mobiliza para expedir proibição de propaganda de bebidas alcoólicas na televisão, à semelhança do que foi feito com a propaganda de cigarros. Pesquisas no mundo todo comprovam que a supressão ou a drástica redução da propaganda resulta na diminuição de consumo de álcool. A Organização das Nações Unidas (ONU) aconselha aos países-membros que restrinjam sensivelmente os pontos de venda de bebidas alcoólicas, como forma de diminuir o consumo.

As conseqüências de ingestão de álcool por adolescentes são danosas e, muitas vezes, trágicas: piora no relacionamento familiar, lesões corporais, mortes em brigas, acidentes de trânsito com adolescente à direção. Muitos atos infracionais são cometidos pelos adolescentes sobre a influência de bebidas alcoólicas. Não se olvide, também, que o álcool, com freqüência, é a porta de entrada para uso de drogas ilícitas.

Profissionais de saúde referem que, na adolescência, em determinado grau o álcool causa danos cerebrais tais como déficits de memória, dificuldades de aprendizagem, etc.

A lei considera que somente aos 18 anos de idade o jovem teria a necessária maturidade para ingerir bebidas alcoólicas com responsabilidade, sem prejuízos aos seu bom desenvolvimento.

Em países como Argentina, Inglaterra, Austrália e Dinamarca também é exigida a idade de 18 anos para comprar bebidas alcoólicas. No Japão, a idade mínima para isso é de 20 anos, enquanto nos Estados Unidos é de 21 anos.


Pela gravidade do problema, toda a sociedade brasileira deve se engajar no combate à venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, da forma que estiver ao seu alcance: educando e esclarecendo seus filhos e amigos, participando de campanhas de conscientização sobre o tema, denunciando comerciantes inescrupulosos que burlam a vedação legal, etc. Ao poder público, cabe conscientizar a população e intensificar a fiscalização sobre os
estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário